O que é fibrilação atrial?
Cardiologista em Ijuí
A fibrilação atrial é uma arritmia que se manifesta nos átrios e pertence ao grupo das arritmias supraventriculares. Essa condição é caracterizada pela desorganização da atividade elétrica atrial, resultando na perda do ritmo cardíaco adequado.
É uma arritmia bastante comum, afetando aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros, com uma tendência de aumento nas próximas décadas. A incidência da fibrilação atrial é mais elevada entre os idosos, podendo ultrapassar 6% em indivíduos com mais de 80 anos de idade.
Os principais grupos em risco para o desenvolvimento da fibrilação atrial incluem idosos e pessoas com doenças cardíacas. Além disso, diversas condições clínicas podem contribuir para o aparecimento dessa arritmia, como o abuso de álcool, apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes e disfunções da tireoide, entre outras.
Sintomas e diagnostico da fibrilação atrial
A fibrilação atrial aguda é frequentemente identificada em ambientes de pronto-socorro, onde o eletrocardiograma se destaca como o exame diagnóstico principal.
A identificação do início dos sintomas, sendo a palpitação o mais comum, juntamente com as características clínicas do paciente, é crucial para definir a conduta a ser adotada.
Tratamento da fibrilação atrial
O tratamento da fibrilação atrial envolve três implicações principais. A primeira diz respeito ao controle da frequência cardíaca, que geralmente se apresenta elevada. Um dos objetivos do tratamento é regular essa frequência por meio de medicamentos.
A segunda implicação é o controle do ritmo cardíaco, que visa restaurar o funcionamento normal do coração. Para isso, são utilizados medicamentos ou, em alguns casos, a cardioversão elétrica, que consiste na aplicação de um choque.
Por fim, é fundamental abordar a prevenção de eventos tromboembólicos, uma vez que a fibrilação atrial aumenta o risco de formação de coágulos no coração. Para prevenir esses eventos, utilizam-se estratégias medicamentosas, como anticoagulantes ou antiplaquetários.
Com os avanços da eletrofisiologia, uma das opções de tratamento atualmente disponíveis é a ablação por radiofrequência. Esse procedimento utiliza cateteres para isolar determinadas áreas do coração que estão associadas à fibrilação atrial, e a precisão na indicação do tratamento pode resultar em melhores desfechos clínicos.
Dr. Rivelino Bertollo
Médico cardiologista